sábado, 21 de novembro de 2015

AVALIAÇÃO DE EMPRESAS E DECISÃO DE INVESTIMENTOS


Os modelos para decisão de investimentos partem da ideia de verificar a viabilidade econômica de um
investimento antes de sua implementação. Já os modelos de decisão de mensuração do valor da empresa centram-se em determinar o valor de uma empresa em andamento.
O Valor Presente Líquido (VPL) é um modelo clássico para a decisão de investimentos e compreende: o valor do investimento, o valor dos fluxos futuros de benefícios, a quantidade de períodos em que haverá os fluxos futuros e a taxa de juros desejada pelo investidor.
O VPL significa descontar o valor dos fluxos futuros a determinada taxa de juros, de tal forma que esse fluxo se apresente a valores de hoje, ou seja, ao valor atual. O valor atual dos fluxos futuros confrontado com o valor atual do investimento a ser feito indica a decisão a ser tomada:
Se o valor atual dos fluxos futuros for igual ou superior ao valor atual a ser investido, o investimento deverá ser aceito. Mas se ele for inferior ao valor a ser investido, não deverá ser aceito.
Taxa Interna de Retorno (TIR) esse modelo é uma variação do critério do VPL. Busca-se a taxa de juros que iguala o total dos fluxos futuros descontados a essa taxa de juros, com o valor do investimento inicial.

Pay Back é o período de retorno do investimento. Esse método indica em quantos períodos se tem o retorno do investimento inicial.

Taxa de Juros a taxa de juros utilizada para o desconto dos fluxos de benefícios futuros é a taxa que reflita o risco de cada empresa. 
O Risco específico da empresa é considerado a variação de sua rentabilidade em relação à rentabilidade média de um conjunto de investimentos existentes e alternativos no mercado.
Além disso, um empreendimento sempre deve ter uma rentabilidade superior a uma taxa livre de risco.

Custo Médio Ponderado de Capital quando se opta por trabalhar avaliação de empresas e investimentos com foco em seu valor operacional, desconsiderando o acionista, deve-se utilizar como taxa de juros para o desconto dos seus fluxos de caixa, o custo médio ponderado de capital. Essa taxa leva em consideração a estrutura de capital da empresa, isto é, a participação de capital próprio e de terceiros no investimento total da empresa. A taxa de juros do capital de terceiros deve ser considerada líquida de impostos sobre o lucro.

Quantidade de períodos
Não há nenhum padrão sobre a quantidade de períodos a ser utilizada nos fluxos futuros. O mais comum é entre 5 e 10 anos, pois períodos superiores a 10 anos mostram-se desnecessários, porque a taxa de desconto acumulada não incorpora grande significância ao valor presente de fluxos futuros além desse período.

Fonte:
PADOVEZE, Clóvis L. Controladoria Estratégica e Operacional: conceitos,estrutura, aplicação. São Paulo: Cengage Learning, 2012.

Valore Brasil

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

POLITICA DE REDUÇÃO DE CUSTOS


  Segundo Padoveze (2003), o processo de criação de valor para o investidor decorre da rentabilidade advinda do lucro das operações, o qual é evidenciado pelo modelo contábil financeiro pela resultante de duas variáveis: o valor das receitas dos produtos e serviços, menos o custo dos recursos empregados e necessários para obtenção dessas receitas. Ou seja, é basicamente a fórmula abaixo: 

Lucro = Vendas (-) Custos

  Dessa forma, são duas grandes vertentes operacionais para se buscar o maior lucro e maior valor para os acionistas: aumentar as vendas e reduzir os custos. Reduzir custos pode ser tanto reduzindo o seu valor, ou, em caso de aumento de vendas, se conseguir aumentos de custos inferiores aos aumentos verificados nas vendas.

Uma política de redução de custos deve:
• Ser ampla, genérica, abrangendo todos os aspectos da empresa.
• Ser integrada, já que uma empresa se traduz em uma sucessão de processos com objetivos
finais, ou seja, um enfoque sistêmico com visão das saídas do sistema.
• Ser contínua, sob pena de se perderem ganhos já conquistados.
• Ter o comprometimento dos gestores com o processo de criação de valor para os acionistas.
• Acompanhar todos os componentes do processo de gestão.

  Podemos definir política de redução de custos como o conjunto de diretrizes coordenadas pela alta administração da empresa, objetivando a redução permanente e geral de custos e despesas, através de diversos enfoques coordenados e integrados, medidas e procedimentos específicos, para obtenção de ganhos gerais de eficiência e produtividade.

          Os principais fundamentos da Política de Redução de Custos (PRC) são generalidade,
integração e permanência. Para tanto, os aspectos estratégicos e sistêmicos sobressaem-se
como pilares para estruturação da PRC.


  O objetivo básico da política de redução de custos é o aumento do valor da empresa para os donos ou acionista através do lucro. Dentro do lucro, seus componentes receitas, custos e despesas devem ser trabalhados conjuntamente para obtenção da maior eficácia da política de redução de custos.

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Alunos da UFRGS conhecendo o Tribunal de Contas do Estado


Na tarde dessa quinta-feira (05/11/15) os alunos do curso de Ciências Contábeis da UFRGS, tiveram a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre o Tribunal de Contas do Estado na palestra "O papel do Controle Externo no âmbito da Administração Pública Estadual e Municipal" ministrada pela professora e auditora do Tribunal de Contas Renata Agra Balbueno.


O professor contador André Bloise Hochmüller juntamente com o Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais (DCCA) da UFRGS promoveram em conjunto com o TCE, uma atividade de ensino para os alunos das disciplinas de Contabilidade Governamental e de Auditoria Governamental. O objetivo foi permitir aos alunos conhecerem o papel do controle externo exercido pelo Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul – TCE/RS nas esferas municipal e estadual.

A atividade foi oferecida pela  Escola Superior de Gestão e Controle Francisco Juruena - ESGC, que promove ações de educação para administradores e servidores públicos, estudantes e pessoas ligadas a conselhos, entidades governamentais e ao terceiro setor. As capacitações têm o objetivo de orientar sobre a boa gestão dos recursos públicos.

Sandro Trescastro Bergue diretor da Escola nos apresentou as ações de educação promovidas pela ESGC e destacou quais programas nós, como cidadãos, podemos participar. As ações são divididas em quatro grupos, sendo que qualquer cidadão pode participar das atividades dos programas "Capacitação para Jurisdicionados" e "Capacitação em Controle Social". Há também um Programa de Visitas Técnicas ao Tribunal de Contas oferecidas para alunos de graduação e do ensino médio.

Gostou? Acesse o site e aproveite: clique aqui


Tribunal de Contas do Estado do RS
Palácio Flores da Cunha - Rua Sete de Setembro, 388
Centro Histórico - CEP 90010-190 - Porto Alegre - RS


Renata Agra Balbueno e Sandro Trescastro Bergue do TCE e as alunas Vanessa Scherer, Márcia Ramos e Verônica Datsch

 

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Controle Orçamentário

O controle orçamentário é realizado com o intuito de comparar os dados orçados com os dados reais obtidos pelo Sistema de Informação Contábil, sendo a diferença entre eles objeto de análises para identificar as razões das referidas diferenças. Após identificar as variações ocorridas, o controle objetiva corrigir os erros detectados e ajustar o plano orçamentário, a fim de aperfeiçoar os resultados e a eficácia empresarial, é parte do processo de avaliação de desempenho.




O controle orçamentário é um instrumento de gestão necessário para que se possa gerar, maximizar o lucro. Para a elaboração de relatórios, todas as peças orçamentárias são necessárias como: valores orçados para o mês em pauta; valores reais contabilizados; variação entre real orçado; valores acumulados; percentuais de variações.



Mensalmente os responsáveis pelos centros de custos devem ter acesso a esses dados, fonte básica de informações para a avaliação do seu desempenho e resultado em relação ao orçado.
Outro relatório básico é dar foco ao total das despesas e receitas por centro de custo  e unidades de negócios, permitindo uma visão abrangente das operações.


Posteriormente, com a análise das variações, busca-se identificar os motivos que causaram a variação de cada item orçado como, por exemplo, o aumento inesperado de alguma variável como preço da gasolina em atividades que a utilizem.

Fórmulas utilizadas:

Variação de preço: (quantidade real x preço real) - (quantidade real x preço orçado) =

Variação da quantidade: (quantidade real x preço orçado) – (quantidade orçada x preço orçado) =


Detalhamento indicado para variações de grau relevante.

Entendendo sobre finanças pessoais e investimentos


Onde buscar conhecimento?


Com o amplo acesso a internet é possível fazer muitas coisas, conhecer outros lugares, cidades e países sem sair de casa. Com as infinitas ferramentas que a tecnologia tem nos oferecidos, é possível aprender a lidar com o dinheiro.

O governo federal tem um site chamado Vida e Dinheiro do ENEF - Estratégia Nacional de Educação Financeira. "O objetivo da ENEF, é contribuir para o fortalecimento da cidadania ao fornecer e apoiar ações que ajudem a população a tomar decisões financeiras mais autônomas e conscientes." Para saber mais sobre a ENEF - Estratégia Nacional de Educação Financeira, acesse o site www.vidaedinheiro.gov.br.

Neste site há diversas ferramentas que tratam sobre temas como: Direitos e Deveres, Crédito, Previdência, Planejamento, Investimento, Consumo, Poupança e Seguros. Vale a pena dar uma conferida nesse site e divulgar para os pais, irmãos e para quem mais você achar que precisa de uma forcinha para cuidar do dinheiro. 

Para quem tem curiosidade e interesse em investir, uma opção de investimento são os títulos públicos. O Tesouro Nacional criou um Programa chamado Tesouro Direto desenvolvido em parceria com a BM&F Bovespa para venda de títulos públicos federais para pessoas físicas, por meio da internet. O site do programa é bem intuitivo e as informações são separadas para quem acessa pela primeira vez, para quem já conhece o Tesouro Direto e quer mais detalhes e para quem já é um investidor. 
Ficou curioso? Acesse o site: http://www.tesouro.fazenda.gov.br/tesouro-direto.

Selecionei outros materiais e links para quem tiver interesse de organizar suas finanças pessoais: 


No site do Veduca há um curso gratuito de Finanças pessoais e investimento em ações, divididos em vários pequenos vídeos - (Assistir).
Há um canal do Youtube que traz dicas de como usar o cartão de crédito - (Consultar vídeos)


O Departamento de Educação Financeira do Banco Central publicou um caderno  para estimular a tomada de decisões referentes ao consumo, poupança e investimento, prevenção e proteção, considerando seus desejos e necessidades atuais e futuras - (Download). 
O BACEN - Banco Central do Brasil, criou o portal Cidadania Financeira, um ambiente que oferece cursos e ferramentas sobre finanças pessoais - (Acessar).


Aqui temos algumas planilhas para você baixar e começar a elaborar seu orçamento pessoal:

Planilha de orçamento pessoal da Bovespa
Planilha de orçamento DSOP
Modelo do Excel


Aproveite!

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Como elaborar as Análises Vertical e Horizontal

Para auxiliá-los a compreender a utilização das Análises Horizontal e Vertical, segue um vídeo do Youtube que demonstra, sucintamente e de maneira descomplicada, como elaborar planilhas de análise horizontal e vertical:



Espero que tenham gostado do vídeo. Até mais!

Avaliação Global do Resultado e Desempenho e Análise da Geração de Lucros

A postagem de hoje possui como referência o Capítulo 31 do livro "Controladoria Estratégica e Operacional: conceitos, estrutura, aplicação" de Clóvis L. Padoveze. Recomendo a leitura do livro para consultar o conteúdo na íntegra.

Análise Financeira ou de Balanço    
        
Assim é chamada a metodologia clássica para avaliação do desempenho global da empresa. Tal análise é realizada por meio de indicadores, obtidos a partir das Demonstrações Contábeis, os quais permitem uma avaliação sobre a situação econômica e financeira da empresa e o retorno do investimento. Estes indicadores permitem uma comparação de períodos passados e orçados, com empresas concorrentes, entre outros.
Tradicionalmente, as técnicas utilizadas são: análises vertical e horizontal, indicadores econômico-financeiros e avaliação final.
As análises vertical e horizontal consistem em quantificar percentualmente os elementos das Demonstrações Contábeis. Aquele consiste em quantificar um elemento em relação a outro considerado mais importante, por exemplo, atribui-se 100% ao ativo total, então os demais elementos do ativo são quantificados com base naquele item. A análise horizontal, por sua vez, permite quantificar os elementos da Demonstração Contábil analisando os períodos, por exemplo, utilizando como base a conta Imobilizado, atribuindo 100%, compara-se o valor do período com o valor da conta no(s) período(s) anterior(es).
Os indicadores econômico-financeiros são apresentados em termos de índices, percentuais, números absolutos, dias, entre outros. Nestes, são comparados elementos do Balanço Patrimonial, da Demonstração de Resultados ou entre as duas Demonstrações.
A avaliação final compreende um relatório identificando as conclusões obtidas na análise dos Demonstrativos Contábeis.

Análise da Rentabilidade

Pode ser separada em dois aspectos:
Análise da geração da margem de lucro: considera o desempenho operacional da empresa.
Análise da destinação do lucro: considera a alavancagem do capital de terceiros.

Método Dupont – Esta é a denominação clássica da análise da geração da margem de lucro. Compreende:

RENTABILIDADE OPERACIONAL = GIRO DO ATIVO  X  MARGEM

Quanto maior o giro, melhor, pois quanto mais vendas a empresa conseguir com o mesmo ativo, maior a possibilidade de geração de lucros.
Lucro e Margem Operacionais – Considera-se Lucro Operacional o lucro das operações de compra, produção e venda dos produtos e serviços da empresa. Resultados financeiros  (relacionados a ativos e passivos financeiros) e de outras operações não devem ser considerados como operacionais.

MARGEM OPERACIONAL =        LUCRO OPERACIONAL                  
                                               RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA      

Rentabilidade do Capital de Financiamento – O Lucro Operacional deve ser suficiente para cobrir os encargos financeiros e remunerar adequadamente o capital próprio. A análise do lucro obtido é exatamente para verificar se a alavancagem financeira aconteceu, se a tomada de capital de terceiros beneficiou os acionistas. Para isto, é necessário identificar a remuneração média anual do capital de terceiros e a remuneração final do Patrimônio Líquido. Para isto, deve-se identificar o valor dos tipos de capital de financiamento. O Capital Próprio corresponde ao Patrimônio Líquido, enquanto o Capital de Terceiros compreende os empréstimos e financiamentos de curto e longo prazos, deduzidos das aplicações financeiras.

Custo do Capital de Terceiros

CUSTO DO CAP. DE TER. = CUSTO DO CAPITAL DE TERCEIROS (LÍQ. DE IMPOSTOS)
                                                                               CAPITAL DE TERCEIROS                    

Rentabilidade do Capital Próprio – Após o pagamento do custo de capital de terceiros, o lucro residual é a rentabilidade dos acionistas, donos do capital próprio.

RENTABILIDADE DO CAPITAL PRÓPRIO = LUCRO LÍQUIDO APÓS IMPOSTOS                                                                                      PATRIMÔNIO LÍQUIDO      

EVA – Economic Value Added (Valor Econômico Agregado ou Adicionado)

Este é um conceito de custo de oportunidade, ou lucro residual, que demonstra se realmente há valor adicionado à empresa, caso o Lucro Líquido após o imposto de renda seja superior ao custo de oportunidade de capital, considerado como o lucro mínimo que a empresa deveria ter para remunerar adequadamente o investimento do acionista. A fórmula consiste em:

EVA = NOPAT – C% (TC)


Onde:
NOPAT = Lucro Operacional Líquido após os impostos
C% = Custo percentual do capital
TC = Capital Total

Não há um consenso sobre o custo de oportunidade a ser adotado, mas este pode ser: Libor ou Prime Rate, TJLP no Brasil, custo médio ponderado de capital da empresa, custo de capital exigido/declarado pelos acionistas, entre outros. Quanto maior for a taxa de custo de oportunidade, mais difícil será a empresa apresentar valor agregado.

Análise da Geração de Lucros

Consiste em identificar os principais fatores de geração de lucro e caixa dentro da empresa, de maneira que permita um modelo para previsão da geração de fluxos futuros de benefícios.

Lucro das Operações – Indica, de maneira aproximada, os itens da demonstração de lucros, que uma têm relação direta com caixa, deixando de considerar elementos de lucros, despesas e receitas claramente contábeis e que sua incorporação, na Demonstração de Resultados, decorre de necessidades econômicas e legais.
Os itens não-caixa são as depreciações do imobilizado, amortizações do diferido, resultados de equivalência em controladas e baixas do Ativo Permanente.

Análise da variação das Receitas e Custos – Associando às receitas das vendas os custos operacionais necessários para sua efetivação, é possível construir modelos de análise de suas variações entre dois períodos, objetivando identificar as causas das variações ocorridas. As variações decorrem de: variação nos preços unitários de venda e do custo dos insumos; variação na quantidades vendidas e consumidas de recursos; mix de vendas, políticas de créditos, taxas de juros, entre outros.
Para análise da variação das receitas e custos o modelo adequado é o da margem de contribuição. Assim é necessário classificar os custos fixos e variáveis. O objetivo é a identificação das causas da variação do lucro, através das causas de variação das receitas e custos.

Política de Dividendos

Caracteriza-se pelo percentual do lucro obtido que é distribuído em dinheiro aos acionistas. Quanto mais lucros a empresa retiver, menor será a necessidade de recursos de terceiros para financiar os investimentos previstos. Logo, a política ótima de dividendos é aquela que atinge um equilíbrio entre dividendos correntes e o crescimento futuro e maximiza o preço das ações da empresa.

Sinalização para Investidores – Os dividendos distribuídos em caixa podem ser vistos como um sinal para investidores. Os dividendos atestam a confiança dos diretores o futuro da empresa e de sua lucratividade.

Continuidade da Empresa e Manutenção do Capital – Há dois conceitos de manutenção do capital:
  • física ou capacidade física da empresa: indica que ela deve manter sempre a sua capacidade operacional, medida através do conjunto de bens e direitos necessários às suas atividades operacionais, para garantir a capacidade de geração de lucros. Assim, o valor dos ativos necessários para suas operações deve estar sempre atualizado.
  • financeiro: está atrelado à atualização monetária da capital investido em termos de custo de oportunidade ou índices gerais de preços. Assim, o capital investido deve sempre estar atualizado monetariamente.


Fonte: PADOVEZE, Clóvis L. Controladoria Estratégica e Operacional: conceitos, estrutura, aplicação. São Paulo: Cengage Learning, 2012

Segue uma notícia que evidencia a importância da utilização de indicadores na gestão das organizações. A Elektro utiliza indicadores estratégicos em seu processo de avaliação de desempenho: http://www.fnq.org.br/informe-se/artigos-e-entrevistas/entrevistas/conheca-as-vantagens-da-gestao-por-indicadores

domingo, 4 de outubro de 2015

Projeção dos Demonstrativos Contábeis

A projeção dos demonstrativos contábeis, representa o encerramento do processo orçamentário anual, permitindo a alta administração da empresa fazer as análises financeiras e de retorno de investimento que justificarão ou não todo o plano orçamentário realizado.
As demonstrações a serem projetadas são:



Para a realização dessas projeções, há informações complementares a serem incorporadas que não são contempladas em nenhuma outra peça orçamentária elaborada anteriormente a esta etapa. Exemplo dessas informações:


  • Previsão de Equivalência Patrimonial;
  • Receitas Financeiras dos excedentes de caixa/Aplicações Financeiras;
  • Resultado não operacionais;
  • Impostos sobre o Lucro;
  • Distribuição de Resultados;
  • Saldo de Caixa, Bancos e Aplicações Financeiras;
  • Saldo de impostos a recuperar;
  • Saldo de impostos a recolher sobre lucros;
  • Outras contas a receber ou a realizar não objeto de orçamentos anteriores;
  • Outras contas a pagar não objeto de orçamentos anteriores;
  • Dividendos ou lucros a pagar; e
  • Reservas e Lucros retidos.

As projeções dos demonstrativos contábeis devem ser feitos em moeda corrente do país. Empresas que necessitam de projeções em outras moedas devem, após a elaboração sob a moeda nacional, traduzir os orçamento em outra moeda, considerando as variações cambiais.










É fundamental a conclusão do processo orçamentário com a análise financeira das projeções, que basicamente pode compreender a análise de:




Metodologia das projeções

A projeção dos demonstrativos contábeis fundamenta-se:
  • em um balanço patrimonial inicial;
  • na demonstração de resultados do período projetado;
  • no balanço final após a demonstração de resultados;
  • no fluxo de caixa como diferença dos três itens anteriores.

Métodos para determinar o Saldo Final de Caixa




A projeção do saldo de caixa pode ser determinado de duas maneiras:

Projeção de receita financeira mensal

As receitas financeiras futuras dependem do saldo atual dos excedentes de caixa disponíveis para aplicação e do saldo gerado em cada próximo período.
Recomenda-se a projeção de receitas financeiras mensais, considerando apenas dados de saldos de caixa em periodicidade mensal. Neste critério, têm-se duas metodologias básicas, considerando como base para projeção:

Geração de caixa negativo e receitas financeiras negativas


É possível que o fluxo de caixa gerado no ano seja negativo, suplantando até as disponibilidades iniciais, e que a empresa detecte a necessidade de suprir-se de outras fontes de financiamento para fazer face às insuficiências de caixa.
Neste caso não haverá receita financeira, mas sim despesa financeira, que deverá ser obtida aplicando-se ao caixa negativo a taxa de captação.

O caixa negativo gerado na projeção dos demonstrativos contábeis pode então ter dois tratamentos no plano orçamentário:
  • Ser mantido como saldo negativo, gerando despesa financeira;
  • Ser transformado em um novo financiamento e incluído no orçamento de novos financiamentos.
A segunda possibilidade deve ser adotada se, após a primeira análise do processo orçamentário, a empresa entender que o saldo negativo deve mesmo ser financiado por meio de alguma linha regular de financiamento ou empréstimo, com conhecimento dos juros e prazos.

As demonstrações projetadas

O primeiro demonstrativo a ser projetado é o Demonstrativo de Resultados, após deve ser elaborado o Balanço Patrimonial. Como consequência anteriores, evidencia-se o Fluxo de Caixa projetado em seus três grandes fluxos de atividade: operacionais, de investimento e de financiamentos.
____________________________x____________________________

Fonte: PADOVEZE, Clóvis L. Controladoria Estratégica e Operacional: conceitos, estrutura, aplicação. São Paulo: Cengage Learning, 2012

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

ORÇAMENTO DE INVESTIMENTOS E FINANCIAMENTOS

Capítulo 19 - Padoveze



            Esse orçamento refere-se aos elementos não operacionais do Balanço Patrimonial e da Demonstração dos Resultados.

                   Características:
  • Sua elaboração e analise tendem a ficar restritas às áreas de Finanças e Controladoria.
  • Exigem poucas peças orçamentárias, é mais fácil a obtenção dos seus números.

    Orçamento de Investimentos


                É um comprometimento de recursos financeiros no presente, a fim de que tal esforço gere algum retorno em determinado período futuro. É uma renúncia ao consumo presente, utilizando o recurso financeiro de forma produtiva, gerando no futuro um retorno que compense seu emprego.
    • As peças orçamentárias deste orçamento ficam restritas à alta administração da empresa. 
    • Exemplos de Investimentos: reformas de equipamentos operacionais, reforma de obras civis, aquisição de equipamentos menores (computadores, softwares, móveis, veículos).


                    Finalidades e Principais Orçamentos de Investimentos


                Em princípio todos os elementos do Ativo Não Circulante deverão ser atendidos por uma peça orçamentária. A finalidade desses orçamentos, além de serem um dado natural para o orçamento de caixa, é complementar o orçamento das depreciações por centros de custos, bem como dar subsídio para o Orçamento de Financiamentos.


                     Outros tipos de Orçamentos de Investimentos


      •  Orçamento de aquisição de investimentos em outras empresas.
      •  Orçamento de venda de investimentos em outras empresas.
      •  Orçamento de aquisição de imobilizado.
      •  Orçamento de venda de imobilizado.
      •  Orçamento de gastos gerados de intangíveis.
      •  Orçamento de baixa de ativos intangíveis.
      •  Orçamento de depreciações, exaustões e amortizações de novas aquisições e baixas.

    Orçamento de Financiamento


             Tem por finalidade prever tudo o que for relacionado com a área de obtenção de fundos, os gastos para a manutenção desses fundos e os pagamentos previstos.

          Esses fundos podem ser: Programas estratégicos de propaganda, atualização de sistemas de informação, introdução de novas tecnologias de informação, reformulação da estrutura de capital.


                     Principais Orçamentos


      •   Orçamento dos novos financiamentos ou fontes de fundos, suas despesas financeiras e desembolsos.
      •   Orçamento das despesas financeiras e desembolsos dos financiamentos já existentes.
      •   Orçamento de outras despesas financeiras.
      •  Orçamento de outras receitas financeiras.
                Para a correta elaboração dessas peças orçamentárias, principalmente as relacionadas com os financiamentos, há necessidade da identificação e coleta de todas as informações que permitam o adequado cálculo para o orçamento.

    Em linhas gerais, as informações necessárias para a elaboração do orçamento para todos os financiamentos existentes ou previstos são as seguintes:

    •  Tipo de financiamento e sua moeda de origem.
    •  Indexador contratual, se houver.
    •  Taxa de juros.
    •  Spread e comissões bancárias.
    •   Impostos incidentes (IOF-IOC, IRRF – Imposto sobre Operações Financeiras, Imposto sobre Operações de Câmbio, Imposto de Renda Retido na Fonte sobre remessas ao exterior).
    •  Prazos de carência e cronograma de amortização do principal da dívida e dos juros.


    Gostou do conteúdo? 
    Se quiser saber mais do Orçamento de Investimentos e Financiamentos segue uma apresentação bem bacana:



    Fonte: PADOVEZE, Clóvis L. Controladoria Estratégica e Operacional: conceitos, estrutura, aplicação. São Paulo: Cengage Learning, 2012.

    domingo, 20 de setembro de 2015

    Orçamento de Despesas Gerais


    Pessoal, hoje abordaremos os principais conceitos que encontram-se no capítulo 18 do Livro do Padoveze.

    Primeiramente, oportuno destacar que diversos aspectos devem ser observados para a elaboração desta etapa do orçamento, dos quais apresentamos, entre outros, os principais:

    • Orçamento seguindo a hierarquia estabelecida;
    • Departamentalização; 
    • Orçamento para cada área de responsabilidade;
    • Custos Controláveis; 
    • Quadro de premissas; 
    • Levantamento das informações-base; 
    • Observação do comportamento dos gastos; 
    • Orçar cada despesa segundo sua natureza comportamento.


    Conceitos importantes:


    Organograma empresarial e departamentalização: o critério mais utilizado para a estrutura do orçamento é o da departamentalização. São criados centros de custos ou centros de despesas.

    Accoutability e custos controláveis: cada centro de custos deve ter seu orçamento e sua responsabilidade. Cada responsável deve fazer sua prestação contas.

    Rateio no orçamento de despesas departamentais: deve-se evitar o rateio nos orçamentos. As despesas devem ser alocadas aos centos de custos.

     Orçamento por atividades: as empresas que utilizam o Custeio ABC para os custos, devem utilizar o mesmo método para os orçamentos.

    Características comportamentais dos gastos: cada despesa deve ser orçada segundo duas características comportamentais. Geralmente são custos e despesas fixas e custos e despesas variáveis.

    Custos fixos comprometidos: são os custos ligados intrinsecamente à utilização de um parque fabril ou comercial são os gastos para manter a fábrica ou as vendas em operação. Aluguéis de imóveis operacionais, prestação de arrendamento mercantil de equipamentos, taxas de funcionamento, gastos com associações de classe, contratos de manutenção e conservação de imóveis e edifícios.

    Custos fixos discricionários: são os gastos administrados e podem ser alterados, dependendo da dotação orçamentária anual. Podem ser evitados ou minimizados. Despesas com publicidade e propaganda, contratos de assessoria e consultoria, benefícios sociais a empregados, doações e subvenções, despesas com treinamento de pessoal.

    Custos variáveis: quando o custo tem relação direta e proporcional com o volume de produção. Materiais diretos e comissões sobre vendas.

    Custos semivariáveis: custo que tem sua variação diferente da proporção do volume produzido.
    Gastos com ferramentas, dispositivos, manutenção, materiais auxiliares, materiais de escritório.

    Custos semifixos: têm uma parcela fixa e uma parcela que varia com a produção. Despesas com telefone, energia elétrica, água e esgoto, contratos de consumação mínima.

    Custos estruturados: quando há variação em relação ao elemento sob o qual é estruturado ou ligado, e é a causa de seu valor maior ou menor. Despesas de viagens relacionadas com a quantidade de vendedores, assistentes técnicos e compradores, despesas de consulta a entidades de proteção ao crédito, que estão relacionadas com os pedidos de venda e análise de crédito a serem efetuados, despesa de cobrança com duplicatas são estruturadas em relação à quantidade de duplicatas emitidas.

    Determinação do comportamento dos custos e orçamento: a experiência empresarial é suficiente para classificar os custos. Mas, pode ser necessário um estudo mais aprofundado.

    Despesas a serem orçadas: cada departamento deve ter seu próprio orçamento. São quatro grupos gerais: mão-de-obra direta e mão-de-obra; consumo de materiais indiretos; despesas gerais departamentais; depreciações e amortizações departamentais.

    Mão-de-obra: remuneração paga aos funcionários e os encargos sociais incidentes. Salários, horas extras, prêmios de venda, prêmios de produção, adicionais legais. Encargos legais, férias, décimo terceiro salário, assistência médica, alimentação, transporte de funcionários, plano de aposentadoria.

    Dados quantitativos: número de funcionários por centro de custo, direitos e indiretos; horas a serem trabalhadas por centro de custo, diretas e indiretas.

    Consumo de materiais indiretos: materiais auxiliares, ferramental e dispositivos, combustíveis, lubrificantes, material de manutenção, material de conservação e limpeza, materiais de segurança do trabalho, material de expediente, material de escritório.

    Despesas gerais departamentais: energia elétrica; telecomunicações e comunicações; despesas de
    viagens, estadias e refeições; gastos com consumo de água e esgoto; publicidade, propaganda, brindes, anúncios, publicações; comissões sobre vendas; aluguéis e arrendamento mercantil; fretes e carretos de venda; outros fretes e carretos não incorporados ao custo dos materiais; seguros de todos os tipos; serviços terceirizados; outros serviços de terceiros não incorporados ao custo dos materiais; consultoria, assessoria, auditoria externa; despesas legais; serviços autônomos.

    Depreciações e amortizações: no orçamento, deve-se colocar os itens já existentes e os que serão adquiridos.

    Premissas e dados base: aumentos periódicos, indicadores de correção de preços, variações de produtividade, sazonalidade.