quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Controle Orçamentário

O controle orçamentário é realizado com o intuito de comparar os dados orçados com os dados reais obtidos pelo Sistema de Informação Contábil, sendo a diferença entre eles objeto de análises para identificar as razões das referidas diferenças. Após identificar as variações ocorridas, o controle objetiva corrigir os erros detectados e ajustar o plano orçamentário, a fim de aperfeiçoar os resultados e a eficácia empresarial, é parte do processo de avaliação de desempenho.




O controle orçamentário é um instrumento de gestão necessário para que se possa gerar, maximizar o lucro. Para a elaboração de relatórios, todas as peças orçamentárias são necessárias como: valores orçados para o mês em pauta; valores reais contabilizados; variação entre real orçado; valores acumulados; percentuais de variações.



Mensalmente os responsáveis pelos centros de custos devem ter acesso a esses dados, fonte básica de informações para a avaliação do seu desempenho e resultado em relação ao orçado.
Outro relatório básico é dar foco ao total das despesas e receitas por centro de custo  e unidades de negócios, permitindo uma visão abrangente das operações.


Posteriormente, com a análise das variações, busca-se identificar os motivos que causaram a variação de cada item orçado como, por exemplo, o aumento inesperado de alguma variável como preço da gasolina em atividades que a utilizem.

Fórmulas utilizadas:

Variação de preço: (quantidade real x preço real) - (quantidade real x preço orçado) =

Variação da quantidade: (quantidade real x preço orçado) – (quantidade orçada x preço orçado) =


Detalhamento indicado para variações de grau relevante.

Entendendo sobre finanças pessoais e investimentos


Onde buscar conhecimento?


Com o amplo acesso a internet é possível fazer muitas coisas, conhecer outros lugares, cidades e países sem sair de casa. Com as infinitas ferramentas que a tecnologia tem nos oferecidos, é possível aprender a lidar com o dinheiro.

O governo federal tem um site chamado Vida e Dinheiro do ENEF - Estratégia Nacional de Educação Financeira. "O objetivo da ENEF, é contribuir para o fortalecimento da cidadania ao fornecer e apoiar ações que ajudem a população a tomar decisões financeiras mais autônomas e conscientes." Para saber mais sobre a ENEF - Estratégia Nacional de Educação Financeira, acesse o site www.vidaedinheiro.gov.br.

Neste site há diversas ferramentas que tratam sobre temas como: Direitos e Deveres, Crédito, Previdência, Planejamento, Investimento, Consumo, Poupança e Seguros. Vale a pena dar uma conferida nesse site e divulgar para os pais, irmãos e para quem mais você achar que precisa de uma forcinha para cuidar do dinheiro. 

Para quem tem curiosidade e interesse em investir, uma opção de investimento são os títulos públicos. O Tesouro Nacional criou um Programa chamado Tesouro Direto desenvolvido em parceria com a BM&F Bovespa para venda de títulos públicos federais para pessoas físicas, por meio da internet. O site do programa é bem intuitivo e as informações são separadas para quem acessa pela primeira vez, para quem já conhece o Tesouro Direto e quer mais detalhes e para quem já é um investidor. 
Ficou curioso? Acesse o site: http://www.tesouro.fazenda.gov.br/tesouro-direto.

Selecionei outros materiais e links para quem tiver interesse de organizar suas finanças pessoais: 


No site do Veduca há um curso gratuito de Finanças pessoais e investimento em ações, divididos em vários pequenos vídeos - (Assistir).
Há um canal do Youtube que traz dicas de como usar o cartão de crédito - (Consultar vídeos)


O Departamento de Educação Financeira do Banco Central publicou um caderno  para estimular a tomada de decisões referentes ao consumo, poupança e investimento, prevenção e proteção, considerando seus desejos e necessidades atuais e futuras - (Download). 
O BACEN - Banco Central do Brasil, criou o portal Cidadania Financeira, um ambiente que oferece cursos e ferramentas sobre finanças pessoais - (Acessar).


Aqui temos algumas planilhas para você baixar e começar a elaborar seu orçamento pessoal:

Planilha de orçamento pessoal da Bovespa
Planilha de orçamento DSOP
Modelo do Excel


Aproveite!

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Como elaborar as Análises Vertical e Horizontal

Para auxiliá-los a compreender a utilização das Análises Horizontal e Vertical, segue um vídeo do Youtube que demonstra, sucintamente e de maneira descomplicada, como elaborar planilhas de análise horizontal e vertical:



Espero que tenham gostado do vídeo. Até mais!

Avaliação Global do Resultado e Desempenho e Análise da Geração de Lucros

A postagem de hoje possui como referência o Capítulo 31 do livro "Controladoria Estratégica e Operacional: conceitos, estrutura, aplicação" de Clóvis L. Padoveze. Recomendo a leitura do livro para consultar o conteúdo na íntegra.

Análise Financeira ou de Balanço    
        
Assim é chamada a metodologia clássica para avaliação do desempenho global da empresa. Tal análise é realizada por meio de indicadores, obtidos a partir das Demonstrações Contábeis, os quais permitem uma avaliação sobre a situação econômica e financeira da empresa e o retorno do investimento. Estes indicadores permitem uma comparação de períodos passados e orçados, com empresas concorrentes, entre outros.
Tradicionalmente, as técnicas utilizadas são: análises vertical e horizontal, indicadores econômico-financeiros e avaliação final.
As análises vertical e horizontal consistem em quantificar percentualmente os elementos das Demonstrações Contábeis. Aquele consiste em quantificar um elemento em relação a outro considerado mais importante, por exemplo, atribui-se 100% ao ativo total, então os demais elementos do ativo são quantificados com base naquele item. A análise horizontal, por sua vez, permite quantificar os elementos da Demonstração Contábil analisando os períodos, por exemplo, utilizando como base a conta Imobilizado, atribuindo 100%, compara-se o valor do período com o valor da conta no(s) período(s) anterior(es).
Os indicadores econômico-financeiros são apresentados em termos de índices, percentuais, números absolutos, dias, entre outros. Nestes, são comparados elementos do Balanço Patrimonial, da Demonstração de Resultados ou entre as duas Demonstrações.
A avaliação final compreende um relatório identificando as conclusões obtidas na análise dos Demonstrativos Contábeis.

Análise da Rentabilidade

Pode ser separada em dois aspectos:
Análise da geração da margem de lucro: considera o desempenho operacional da empresa.
Análise da destinação do lucro: considera a alavancagem do capital de terceiros.

Método Dupont – Esta é a denominação clássica da análise da geração da margem de lucro. Compreende:

RENTABILIDADE OPERACIONAL = GIRO DO ATIVO  X  MARGEM

Quanto maior o giro, melhor, pois quanto mais vendas a empresa conseguir com o mesmo ativo, maior a possibilidade de geração de lucros.
Lucro e Margem Operacionais – Considera-se Lucro Operacional o lucro das operações de compra, produção e venda dos produtos e serviços da empresa. Resultados financeiros  (relacionados a ativos e passivos financeiros) e de outras operações não devem ser considerados como operacionais.

MARGEM OPERACIONAL =        LUCRO OPERACIONAL                  
                                               RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA      

Rentabilidade do Capital de Financiamento – O Lucro Operacional deve ser suficiente para cobrir os encargos financeiros e remunerar adequadamente o capital próprio. A análise do lucro obtido é exatamente para verificar se a alavancagem financeira aconteceu, se a tomada de capital de terceiros beneficiou os acionistas. Para isto, é necessário identificar a remuneração média anual do capital de terceiros e a remuneração final do Patrimônio Líquido. Para isto, deve-se identificar o valor dos tipos de capital de financiamento. O Capital Próprio corresponde ao Patrimônio Líquido, enquanto o Capital de Terceiros compreende os empréstimos e financiamentos de curto e longo prazos, deduzidos das aplicações financeiras.

Custo do Capital de Terceiros

CUSTO DO CAP. DE TER. = CUSTO DO CAPITAL DE TERCEIROS (LÍQ. DE IMPOSTOS)
                                                                               CAPITAL DE TERCEIROS                    

Rentabilidade do Capital Próprio – Após o pagamento do custo de capital de terceiros, o lucro residual é a rentabilidade dos acionistas, donos do capital próprio.

RENTABILIDADE DO CAPITAL PRÓPRIO = LUCRO LÍQUIDO APÓS IMPOSTOS                                                                                      PATRIMÔNIO LÍQUIDO      

EVA – Economic Value Added (Valor Econômico Agregado ou Adicionado)

Este é um conceito de custo de oportunidade, ou lucro residual, que demonstra se realmente há valor adicionado à empresa, caso o Lucro Líquido após o imposto de renda seja superior ao custo de oportunidade de capital, considerado como o lucro mínimo que a empresa deveria ter para remunerar adequadamente o investimento do acionista. A fórmula consiste em:

EVA = NOPAT – C% (TC)


Onde:
NOPAT = Lucro Operacional Líquido após os impostos
C% = Custo percentual do capital
TC = Capital Total

Não há um consenso sobre o custo de oportunidade a ser adotado, mas este pode ser: Libor ou Prime Rate, TJLP no Brasil, custo médio ponderado de capital da empresa, custo de capital exigido/declarado pelos acionistas, entre outros. Quanto maior for a taxa de custo de oportunidade, mais difícil será a empresa apresentar valor agregado.

Análise da Geração de Lucros

Consiste em identificar os principais fatores de geração de lucro e caixa dentro da empresa, de maneira que permita um modelo para previsão da geração de fluxos futuros de benefícios.

Lucro das Operações – Indica, de maneira aproximada, os itens da demonstração de lucros, que uma têm relação direta com caixa, deixando de considerar elementos de lucros, despesas e receitas claramente contábeis e que sua incorporação, na Demonstração de Resultados, decorre de necessidades econômicas e legais.
Os itens não-caixa são as depreciações do imobilizado, amortizações do diferido, resultados de equivalência em controladas e baixas do Ativo Permanente.

Análise da variação das Receitas e Custos – Associando às receitas das vendas os custos operacionais necessários para sua efetivação, é possível construir modelos de análise de suas variações entre dois períodos, objetivando identificar as causas das variações ocorridas. As variações decorrem de: variação nos preços unitários de venda e do custo dos insumos; variação na quantidades vendidas e consumidas de recursos; mix de vendas, políticas de créditos, taxas de juros, entre outros.
Para análise da variação das receitas e custos o modelo adequado é o da margem de contribuição. Assim é necessário classificar os custos fixos e variáveis. O objetivo é a identificação das causas da variação do lucro, através das causas de variação das receitas e custos.

Política de Dividendos

Caracteriza-se pelo percentual do lucro obtido que é distribuído em dinheiro aos acionistas. Quanto mais lucros a empresa retiver, menor será a necessidade de recursos de terceiros para financiar os investimentos previstos. Logo, a política ótima de dividendos é aquela que atinge um equilíbrio entre dividendos correntes e o crescimento futuro e maximiza o preço das ações da empresa.

Sinalização para Investidores – Os dividendos distribuídos em caixa podem ser vistos como um sinal para investidores. Os dividendos atestam a confiança dos diretores o futuro da empresa e de sua lucratividade.

Continuidade da Empresa e Manutenção do Capital – Há dois conceitos de manutenção do capital:
  • física ou capacidade física da empresa: indica que ela deve manter sempre a sua capacidade operacional, medida através do conjunto de bens e direitos necessários às suas atividades operacionais, para garantir a capacidade de geração de lucros. Assim, o valor dos ativos necessários para suas operações deve estar sempre atualizado.
  • financeiro: está atrelado à atualização monetária da capital investido em termos de custo de oportunidade ou índices gerais de preços. Assim, o capital investido deve sempre estar atualizado monetariamente.


Fonte: PADOVEZE, Clóvis L. Controladoria Estratégica e Operacional: conceitos, estrutura, aplicação. São Paulo: Cengage Learning, 2012

Segue uma notícia que evidencia a importância da utilização de indicadores na gestão das organizações. A Elektro utiliza indicadores estratégicos em seu processo de avaliação de desempenho: http://www.fnq.org.br/informe-se/artigos-e-entrevistas/entrevistas/conheca-as-vantagens-da-gestao-por-indicadores

domingo, 4 de outubro de 2015

Projeção dos Demonstrativos Contábeis

A projeção dos demonstrativos contábeis, representa o encerramento do processo orçamentário anual, permitindo a alta administração da empresa fazer as análises financeiras e de retorno de investimento que justificarão ou não todo o plano orçamentário realizado.
As demonstrações a serem projetadas são:



Para a realização dessas projeções, há informações complementares a serem incorporadas que não são contempladas em nenhuma outra peça orçamentária elaborada anteriormente a esta etapa. Exemplo dessas informações:


  • Previsão de Equivalência Patrimonial;
  • Receitas Financeiras dos excedentes de caixa/Aplicações Financeiras;
  • Resultado não operacionais;
  • Impostos sobre o Lucro;
  • Distribuição de Resultados;
  • Saldo de Caixa, Bancos e Aplicações Financeiras;
  • Saldo de impostos a recuperar;
  • Saldo de impostos a recolher sobre lucros;
  • Outras contas a receber ou a realizar não objeto de orçamentos anteriores;
  • Outras contas a pagar não objeto de orçamentos anteriores;
  • Dividendos ou lucros a pagar; e
  • Reservas e Lucros retidos.

As projeções dos demonstrativos contábeis devem ser feitos em moeda corrente do país. Empresas que necessitam de projeções em outras moedas devem, após a elaboração sob a moeda nacional, traduzir os orçamento em outra moeda, considerando as variações cambiais.










É fundamental a conclusão do processo orçamentário com a análise financeira das projeções, que basicamente pode compreender a análise de:




Metodologia das projeções

A projeção dos demonstrativos contábeis fundamenta-se:
  • em um balanço patrimonial inicial;
  • na demonstração de resultados do período projetado;
  • no balanço final após a demonstração de resultados;
  • no fluxo de caixa como diferença dos três itens anteriores.

Métodos para determinar o Saldo Final de Caixa




A projeção do saldo de caixa pode ser determinado de duas maneiras:

Projeção de receita financeira mensal

As receitas financeiras futuras dependem do saldo atual dos excedentes de caixa disponíveis para aplicação e do saldo gerado em cada próximo período.
Recomenda-se a projeção de receitas financeiras mensais, considerando apenas dados de saldos de caixa em periodicidade mensal. Neste critério, têm-se duas metodologias básicas, considerando como base para projeção:

Geração de caixa negativo e receitas financeiras negativas


É possível que o fluxo de caixa gerado no ano seja negativo, suplantando até as disponibilidades iniciais, e que a empresa detecte a necessidade de suprir-se de outras fontes de financiamento para fazer face às insuficiências de caixa.
Neste caso não haverá receita financeira, mas sim despesa financeira, que deverá ser obtida aplicando-se ao caixa negativo a taxa de captação.

O caixa negativo gerado na projeção dos demonstrativos contábeis pode então ter dois tratamentos no plano orçamentário:
  • Ser mantido como saldo negativo, gerando despesa financeira;
  • Ser transformado em um novo financiamento e incluído no orçamento de novos financiamentos.
A segunda possibilidade deve ser adotada se, após a primeira análise do processo orçamentário, a empresa entender que o saldo negativo deve mesmo ser financiado por meio de alguma linha regular de financiamento ou empréstimo, com conhecimento dos juros e prazos.

As demonstrações projetadas

O primeiro demonstrativo a ser projetado é o Demonstrativo de Resultados, após deve ser elaborado o Balanço Patrimonial. Como consequência anteriores, evidencia-se o Fluxo de Caixa projetado em seus três grandes fluxos de atividade: operacionais, de investimento e de financiamentos.
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Fonte: PADOVEZE, Clóvis L. Controladoria Estratégica e Operacional: conceitos, estrutura, aplicação. São Paulo: Cengage Learning, 2012